08 abril, 2008


eu vou contar a história caso ela surja caso ela seja caso haja uma eu vou eu vou eu vou pra casa eu vou e quando chegar e não souber o que é casa arranco o C de casa e pego a asa o que faço com a asa é um problema é um dilema é uma letra de canção em que a canção supostamente pulou fora e quem pula fora pula por que quer quero quereres querida o que se pode escrever e as vezes nem dá vontade de parar e parar é ordem e ordem é chicote se abatendo no caos e caos é criação livre e absoluta abso luta luta tem sempre que haver alguma luta alguma puta alguma juta alguma multa eu vou contar os dedos caso tenha sobrado algum eu vou contar os olhos que não sabem bem o que significa o mar eu vou contar as línguas que não sabem do sabor estranho de cada parte do corpo de quem se quer bem naquele momento.

eu vou contar.

só esse momento.

10 comentários:

Anônimo disse...

agridoce

(e não dormes...?)

Gabriela. disse...

CARALHO.

Isso é LINDO!

Tinha que ser seu/meu.

Lupeu Lacerda disse...

agridoçe iza,
dormirei depois, quando tiver tempo.

gabi, pegue pra tú.

Ricardo Thadeu (Gago) disse...

Ó paí que massa! totalmente "livre e absoluta", quase eu choro, bicho!

Alexandre Heberte disse...

Estou mastigando, deglutindo, ...
bom lê-lo.

Gabriela. disse...

Lupeu é bom de todo jeito: escrevendo,falando, pensando, calado, respirando, existindo, olhando, estando.

Tem desafogamento no Doce intolerância.

Calazans Callou disse...

Meu camara Lupeu, mesmo sem saber você presenteou-me com essa bela letra...poema...poesia, sei lá sei q virou música. Pois essa postagem foi exatamento no dia de meu aniversário, só hoje a descobri. estarei enviando algumas músicas em parceira com você, creio que nessa semana ainda. Pois fiz uma bela canção no poema Canção para Luana, ficou linda cara, mais outra retirada do livro entre o alho e o sal, outra que já tem uns quinze anos, vou enviá-la para seu e-mail. Beleza camarada. forte abraço.

Lupeu Lacerda disse...

calango mano
todas as letras, poesia, poemas,
são teus, são nossos
faça música, cinema, o que quiser.
gosto um monte de você meu camarada.
hasta la vista, e espero as músicas.

Gabriela. disse...

Eu te amo.

Lupeu Lacerda disse...

gabi
doçe morena
cor de pecado sem literatura
te amo
assim como quem abre um côco
pela primeira vez, e descobre a água.
com você é sempre mistério, inteligência e sabedoria uterina.