20 abril, 2008


Coisa de se olhar devagar. Divagando. Sentindo pelo prazer de sentir. Então, cada minuto um presente. Presente só naquele minuto. Tomar banho de rio, no frio de uma tarde de calor. Por do sol. Dourada bola de cristal avermelhado em cima da ponte presidente Dutra. Depois olhar devagar. Divagando, subir a ladeira, parar no balcão do flamboyant. Cerveja gelada. Besteirazinha conversada. Besteirazinha de nada. Devagar. Beijo na boca sem culpa. Sem remorso lendo um livro. Hilda Hilst escrevendo com os ovários. Os seios. A pele absoluta em cada linha. Divagar. Assistir um filme moderno. Bem devagar. Devagar. Depois do cinema as luzes no rio. Ela passa. Me pega pela mão. Me leva pra lavar os pés. E depois me come

4 comentários:

Alexandre Heberte disse...

"Me pega pela mão. Me leva pra lavar os pés. E depois me come."

Que é o certo.
Sem mais complicações.

Abraços.

Lupeu Lacerda disse...

e apois?
as complicações
só servem
como tempêros exóticos:
tem que ser em pequenas doses
o resto?
é simples.
um abraço mano.

Anônimo disse...

a hilda hist.....
:')

deu uma saudade de tomar banho de rio.
saudade de ti também, caríssimo.

Lupeu Lacerda disse...

iza querida e bela
dona de uns sonhos meus
o rio que molha a cidade onde moro está sujo, velho e doente
de todo jeito, te dou o rio da minha infância, esse sim
propenso a banhos na alma
e no corpo híbrido de gente e bicho.
saudade da porra de você também.
beijo.