07 fevereiro, 2008


Saudade de ciência

Qorpo santo sangra
Como se impossível fosse
Qorpo sangra
Santo corpo
Como se louvável fosse
Qorpo divisível, ímpar
Faca suja
Goma laca nas lentes de óculos retro-futuristas
Lacra o qorpo explode qorpo
Tudo mais ou menos
No canal a4
Do diabo a7
No copo de conhaque cor de ferrugem e lama
Na boca do qorpo
Vivo de medo
Morto de merda
Predadores caçam profetas
Nas avenidas mal iluminadas
Que levam recife a olinda
Um caranguejo indefeso
Sangra feito um porco qorpo
Na ante sala do inferno
Um caranguejo aloprado
Com as patas quebradas
Não vai nunca mais ver o manguemar
Nem os estandartes luminosos
Dos maracatus enfezados nas ladeiras
Evoé science
Ave ciência

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