08 fevereiro, 2008


ARAPIRACA

A lágrima trai
O que o resto do corpo impede
Bi-polaridade de um coração
Ao molho madeira.
Os constantes, dissonantes, nãos
Impedem a jangada da umidade
Ou a bandeira fincada
No teto da torre.
O silêncio lança a seta do barulho
No coração das palavras.
As traças, semióticas, comemoram
O novo nascer da balbúrdia.
O cloro da piscina amarga
No copo de chopp dos doze albatrozes
As folhas de pequi secam
Ao sol mediterrâneo
O guru alisa a barriga do sapo
E cantarola tranqüilo
Uma canção de amor e morte.
Em marte, marcianos comem aspargos
E mascam fumo de arapiraca.

Nenhum comentário: