tudo que eu quero é dizer que não quero tudo. poesia, azia, o sonrisal derretendo como um poema belo de leminski. séquiço sexo sacro sagrado. grau. graal. a taça de beber o saber, e saber o sabor do saber. eu quero ficar velho e depois morrer, e nada de antes.
31 maio, 2010
Um só riso. Sorriso de luz, e solidão no sol. Amar, enlouquecer, adoecer. Estourando bombas de um são João imaginário. Desesperados esperando, esperados. Os mortos são calmos, estão calmos. O condenado é o vivo. A paisagem que assusta. O morador intergaláctico. O olho é nunca, o olho é jamais. Um bandolim que rasga a noite silenciosa, como um vinte e um no dado. A catedral em um pesadelo, uma manchete de jornal banhada em sangue árabe, mouro, cearense. O piano dói no coração amassado. Cidades que nunca vi enquadradas, em quadros antigos sem valor. O cinema mudo, a luz não acenderá sozinha. E não há mais medos ou dedos nos interruptores. Você é o quase nada que amarga na boca, como um ácido de tamarindo. Eu como os passos passados pra vomitar o presente. Um Noel ensandecido que odeia chaminés. Na tarde silenciosa o mel do mar é um canto miúdo de um passarinho. Meus dedos são peixes. O rio corre. Eu olho sempre o mesmo rio. Durmo, acordo, e uma mecha de cabelo salta do baú e cai na minha memória estragada. Domingo é sempre dolorido, como uma ferida no joelho. Uma flor me faz falta, na janela do mundo. Um copo de boa bebida que me cure o coração machucado. Rir. Um tanto de risos.
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3 comentários:
Lupeu, influencia de som(maria doisa), de poesia.
leio bastantes seus textos, sou mais um sobrevivente rockeiro em meio o sertão forrozeiro.
vlw
MAIO? Pô, qual foi, entrou numa doméstica? Então escreve sobre isso, velho, mas escreve...blz?
abrs, admiração, força.
Olá!
Tenho uma proposta para seu blog que acredito ser relevante para você.
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Atenciosamente,
Cristiano
contato@webreside.net
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