tudo que eu quero é dizer que não quero tudo. poesia, azia, o sonrisal derretendo como um poema belo de leminski. séquiço sexo sacro sagrado. grau. graal. a taça de beber o saber, e saber o sabor do saber. eu quero ficar velho e depois morrer, e nada de antes.
28 março, 2009
Escuto os passos apressados do pai. O cara. Que come que manda que fode que berra que determina que concede ou não. Mamãe me acuda. Mamãe me ouça. Mamãe me conte o final da novela. Mamãe me ensine a pregar um botão de camisa. Mamãe faça uma oração pros meus. Ora pro nobis. Quero aprender. Quero um espelho. Quero beber um pouco mais de água antes de dormir. Encha meu saco. Ou não. Olha pra mim. Ou não. come meu fígado sem tocar nele. Desliga a porra da televisão. Vai estudar. Me dê a benção. Porra. Não corra. Então faz de conta que sim. Vem pra casa. Minha casa? Quem tem casa? Festa de corpo nu. Festa de não querer voltar pra casa. Quem tem casa? Festa de lombra nua. Quem tem casa? Coração que bate lata na esquina. Um dia perguntei a um amigo: quer trocar de família? Eu prefiro morrer. Ele disse.
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4 comentários:
Fazia tempo não vinha aqui. Li todos os textos que ainda não tinha lido. São socos na boca do meu estômago.
Fala Lupeu... fazia tempo que tambem nao via seu blog... foi bom retornar...
abraços.
Lupeu: vim por aqui em busca dos teus escritos. Por sorte só faltava este. Espero por mais e que seja simultâneo com o Cariricult. Estou ficando velho e preguiçoso para mais um clique. Mas se for o caso, voltarei.
olá! sensacional o blog, ja sou seguidor. este post em especial ficou muito bem escrito e me identifiquei com sua situação familiar - acho que a maioria das pessoas se identificaria. no mais, dê uma olhada no meu link;
nos vemos na blogsfera! abraço.
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