tudo que eu quero é dizer que não quero tudo. poesia, azia, o sonrisal derretendo como um poema belo de leminski. séquiço sexo sacro sagrado. grau. graal. a taça de beber o saber, e saber o sabor do saber. eu quero ficar velho e depois morrer, e nada de antes.
31 janeiro, 2009
Eu sempre bebo a dose de veneno que mata.
E não morro.
Eu sempre conto o fatal antes da notícia.
E ela sempre me desmente.
Quando chove derrubo prédios.
Quando seca mato vacas e gente.
Se acender um fósforo conto de bombas.
Mas solto os cadarços.
Mas sei dos sinais do semáforo.
E não adivinho.
Hesito olhando a faca da manteiga.
Hesito olhando a manteiga.
Hesito.
Depois decido beber de novo o veneno.
Dose letal.
E continuo vivo.
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5 comentários:
A faca da manteiga é cega,
talvez por isso a morte não venha depois do veneno.
hasta, man
"Mas solto os cadarços"...
Não hesite - beba.
show.
The Lupas em pleno verão de cegos!
Abraços, poeta das vias urbanas.
ricardo: absolutamente certo. providenciarei faca de açougueiro.
fabiana, valeu. mas não beba! meus venenos são perigosos, meus cadarços então... valha-me deus.
marcos leonel, meu amigo, escritor ducaralho! bom lhe saber no balcão do séquiço.
esse não morre tão cedo...
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