tudo que eu quero é dizer que não quero tudo. poesia, azia, o sonrisal derretendo como um poema belo de leminski. séquiço sexo sacro sagrado. grau. graal. a taça de beber o saber, e saber o sabor do saber. eu quero ficar velho e depois morrer, e nada de antes.
03 dezembro, 2008
Chego em casa querendo rua
Paredes que se estreitam, como estreitas são
As petúnias na mão da defunta sem nome do jornal nacional
Entro então, como uma samambaia entra
Vaso adentro, sabendo sim, que o vaso é finito e raso
A única luz, uma luz, a porta da geladeira aberta
Frio, frio demais, frio pra caralho,
Quero um frio desses
Stéreos, ok! Graves e médios, ok!
O menestrel fala de rudeza, diz que tudo é solidão
Pessoas indo e vindo, mastigando ausências
Na trilha um ônibus um carro de mão uma guitarra
O sol de dezembro escondido atrás da água
Água de ausência, abrindo buracos assim, assados
Olho o olho da ave que não sei o nome, andina,
Bebo ayahuasca sem liturgia, só em minha viagem
Vejo o que não determino
Vampiros juntos no presépio de um deus menino abandonado
Miração urbana soft
A fogueira acesa, a fogueira,
Solitária na mágica de transformar toras em cinzas
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2 comentários:
simplesmente genial! um dos melhores.
você saca -me saca- demais.
valeu véio.
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