tudo que eu quero é dizer que não quero tudo. poesia, azia, o sonrisal derretendo como um poema belo de leminski. séquiço sexo sacro sagrado. grau. graal. a taça de beber o saber, e saber o sabor do saber. eu quero ficar velho e depois morrer, e nada de antes.
15 outubro, 2008
Eu até poderia Te dar o troco. Eu até poderia Te engolir aos poucos. Nas meias medidas Te meço: Esqueço.
Eu até poderia lembrar de desidério, noso alter ego, que foi apresentado a todos num recital muito louco que eu, você e salatiel fizemos na biblioteca pública do crato. Meados dos anos 80. Muito calor. Era dezembro. E as bancas de revistas vendiam os jornais alternativos que fazíamos para nos divertir. E tinha aquelas todas ondas. Também o parque, onde fumávamos escondidos para não dar bandeira. E os bares onde bebíamos, mas poucos nos vendiam fiados. Tínhamos que inventar mil maneirar de molhar a goela e ainda assim parecer para as namoradas que éramos foda. E éramos mesmos.
puta que o pariu!!! grande, enorme desidério. quando tudo era asas na praça da sé. os anos 80 foram os nossos anos 70. nós éramos foda mermo mermão. por isso sobrou o texto. por isso ainda temos tutano. o mundo é um moinho? sem problemas. a gente não passa em moinho. a gente é puro osso.
Já disse outra vez e continuo a dizer: Lupeu é o último beatnik, o último roqueiro, o último visionário, enfim, aquele que, legitimamente, mantém vivo, em pleno século XXI, o que restou do fogo das décadas de 1960 e 1970. Nascido no ano da malfadada, o velho Lupa é o herdeiro e o arauto de idéias aparentemente ultrapassadas como lealdade nas amizades, intensidade em todos os domínios na vida, fé profunda em uma estética vital que por si só é profundamente ética. Salve Lupeu, herói da resistência, guardião da chama da utopia de uma vida total e plena. Vida longa ao Velho Lupa.
3 comentários:
Eu até poderia lembrar de desidério, noso alter ego, que foi apresentado a todos num recital muito louco que eu, você e salatiel fizemos na biblioteca pública do crato. Meados dos anos 80. Muito calor. Era dezembro. E as bancas de revistas vendiam os jornais alternativos que fazíamos para nos divertir. E tinha aquelas todas ondas. Também o parque, onde fumávamos escondidos para não dar bandeira. E os bares onde bebíamos, mas poucos nos vendiam fiados. Tínhamos que inventar mil maneirar de molhar a goela e ainda assim parecer para as namoradas que éramos foda. E éramos mesmos.
puta que o pariu!!! grande, enorme desidério. quando tudo era asas na praça da sé. os anos 80 foram os nossos anos 70. nós éramos foda mermo mermão. por isso sobrou o texto. por isso ainda temos tutano. o mundo é um moinho? sem problemas. a gente não passa em moinho. a gente é puro osso.
Já disse outra vez e continuo a dizer: Lupeu é o último beatnik, o último roqueiro, o último visionário, enfim, aquele que, legitimamente, mantém vivo, em pleno século XXI, o que restou do fogo das décadas de 1960 e 1970. Nascido no ano da malfadada, o velho Lupa é o herdeiro e o arauto de idéias aparentemente ultrapassadas como lealdade nas amizades, intensidade em todos os domínios na vida, fé profunda em uma estética vital que por si só é profundamente ética. Salve Lupeu, herói da resistência, guardião da chama da utopia de uma vida total e plena. Vida longa ao Velho Lupa.
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