14 junho, 2007


Abro o olho e o brilho do sol incomoda. Então estou vivo. O sol só incomoda os vivos, acho eu. A parede molhada de vinho é cenário. O chão. A casa. Tudo é cenário. Arrenego de quem diz. Matrix real de um mundo irreal. Nada de contar as horas. Nada de vomitar beijos dados e recebidos sabe-se lá como. Break break to operate again. Ozzy vomitando Mr. Crowley em meus miolos parcos e em decomposição. Arrenego de quem diz. O sol depois de um tempo já não incomoda. Cinco de la terde. O barulho ensurdecedor da comedora de cebolas parece jazz. Parece blue. Parece nada. Escravos de jó jogando a vida no esgoto da sensaboria. O sol sumiu faz tempo. As estrelas trazem o frio, a vontade de beber. Hoje eu quero sair só...Não demora eu to de volta, tchau.
2
diva divagando nas ruas de sampa city. Diva delirando em poemas exóticos e inconformados. Formados de veneno anti-monotonia e ecstasy. Diva abrindo o cariri com uma faca de luz e sombra. Fomos. Viemos. Enterramos nossos pés índios no mundo, e nada foi como antes. Diva diz: sonhe. Mas mantenha-se acordado. Meta o pé na porta, mas conserve uma arma embaixo do travesseiro. Ame. Mas em silêncio.
3
A luz mortiça da lua
Em dó maior
A noite
Devagar
Abre as pernas
Pra porra do sol
4
the who
eu quero...
antes de ficar...

3 comentários:

Anônimo disse...

antes de ficar...
os caras se divertiram, viraram gênios e continuama na luta (do eito deles; o que não quer dizer que seja algo ruim)

Who...trilha das minhas noites no velho bairro cabula, tomando todas, fumando uns; um sujeito entre triste e Jagger (contrapontos e opostos)

Anônimo disse...

ah! e o velho Miller ficou por aqui. até os 91.

nada de antes, porra!

Carlos Rafael Dias disse...

O pior da morte é parar de morrê-la
O pior da vida é parar de vivê-la