01 março, 2009


A cabeça manda. E o vento sopra na rua vazia. O céu da boca dela não tem estrelas, mas quem se importa. O mestre falou que o vento é de verdade, e que tem cor. Abre o livro de poesia, página setenta. Tanto faz o poeta. Lá, na terceira linha tem uma mensagem. Siga a mensagem. Saia fora de dentro de você e quebre a vidraça azul da sua janela do sonho. A dor? Que dor? A dor não combina com a chuva. Não combina com a luva na mão da princesa isabel. Eu imagino. Esse é meu pecado. Minha sina minha maldição. E quem disse que isso pode ser ruim. Fora de mim é caminho. É um lugar que não conheço. Não conheço também dentro de mim.

4 comentários:

Domingos Barroso disse...

Somos tragados
pelo desconhecido,
meu camarada...

Um forte abraço.

fabiana disse...

então somos dois.

Caio Rudá de Oliveira disse...

Ainda que ambos desconhecidos, prefiro o lado de dentro, por ser mais prático...

Gabriela. disse...

A dor dos meus sempre acaba virando um tanto de dor minha.

E conhecendo ou não, o importante é continuar olhando.
Mas "inventei" a brincadeira: página 70, terceira linha, do livro que estou lendo: O Lobo da Estepe, Hermann Hesse:

SIM, TORNEI A MENTIR: Estava aqui apenas de passagem. Não era